Mães não alimentam bebês
corretamente no Brasil
Estudo da Unifesp aponta que a maioria amamenta pouco e dá alimentos inadequados às crianças
Por Samantha Melo, filha de Sandra e Tião
Você sabia que a maioria das mães não sabe alimentar os seus bebês corretamente? É o que diz uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp, recentemente. No total, foram avaliadas as refeições de quase 200 crianças com idades entre quatro e 12 meses, e constatou-se um dado alarmante: a metade deles já não mamava no peito.
Até os seis meses de vida, é recomendado o aleitamento materno exclusivo, a gente sabe. Depois, as mães podem complementar a alimentação com sopas, papinhas e uma solução à base de leite. Mas a pesquisa analisou que o número de mães que sabem preparar essa solução à base de leite adequadamente para a idade, é muito pequeno. Apenas 23% das mamães que participaram do estudo seguiam corretamente as instruções da embalagem, que indica uma colher do produto para cada 30 ml de água. Quando a proporção não está na medida certa, há risco de desidratação, diarréia e desnutrição.
O leite materno possui uma quantidade de ferro muito maior do que o leite da vaca, e a sua substituição total no primeiro ano de vida pode causar alergias, anemia e comprometer o desenvolvimento cognitivo e emocional do bebê. Por isso, a situação da alimentação das crianças brasileiras é preocupante. A idade média da introdução da mamadeira foi de três meses, e açúcar, achocolatados e cereais invariavelmente são adicionados ao leite, comprometendo a alimentação saudável dos pequenos.
GERAÇÃO “COCA-COLA”
Mas a pesquisa não se restringiu apenas à dieta dos bebês. O regime alimentar de crianças um pouco maiores também foi analisado. E o resultado não foi nada positivo. De acordo com os pesquisadores da Unifesp, os pequenos têm recebido cada vez mais cedo alimentos inadequados, como doces, biscoitos recheados, salgadinhos e refrigerantes. E, claro, cada vez menos frutas, legumes e verduras. Não é só a falta de nutrientes desses alimentos que é perigosa, o risco de obesidade é algo que também assusta. Alarmante, não?
O QUE FAZER?
Você não precisa deixar seu filho com vontade daquela bolacha que ele viu o coleguinha da creche comer, mas por que não negociar? Um almoço saudável pode ser trocado por uma quantidade moderada de salgadinho no lanche da tarde. Quanto aos refrigerantes, a melhor alternativa é acostumá-lo desde cedo com os sucos, e restringir a bebida gasosa aos finais de semana. E se o seu filho tem menos de seis meses, não caia no erro de que o leite materno não é suficiente, porque ele é e muito.
E, depois disso, siga as orientações do pediatra quanto a melhor forma de complementar a alimentação do seu bebê de forma saudável e adequada à idade.
Revista Pais & Filhos.
Até os seis meses de vida, é recomendado o aleitamento materno exclusivo, a gente sabe. Depois, as mães podem complementar a alimentação com sopas, papinhas e uma solução à base de leite. Mas a pesquisa analisou que o número de mães que sabem preparar essa solução à base de leite adequadamente para a idade, é muito pequeno. Apenas 23% das mamães que participaram do estudo seguiam corretamente as instruções da embalagem, que indica uma colher do produto para cada 30 ml de água. Quando a proporção não está na medida certa, há risco de desidratação, diarréia e desnutrição.
O leite materno possui uma quantidade de ferro muito maior do que o leite da vaca, e a sua substituição total no primeiro ano de vida pode causar alergias, anemia e comprometer o desenvolvimento cognitivo e emocional do bebê. Por isso, a situação da alimentação das crianças brasileiras é preocupante. A idade média da introdução da mamadeira foi de três meses, e açúcar, achocolatados e cereais invariavelmente são adicionados ao leite, comprometendo a alimentação saudável dos pequenos.
GERAÇÃO “COCA-COLA”
Mas a pesquisa não se restringiu apenas à dieta dos bebês. O regime alimentar de crianças um pouco maiores também foi analisado. E o resultado não foi nada positivo. De acordo com os pesquisadores da Unifesp, os pequenos têm recebido cada vez mais cedo alimentos inadequados, como doces, biscoitos recheados, salgadinhos e refrigerantes. E, claro, cada vez menos frutas, legumes e verduras. Não é só a falta de nutrientes desses alimentos que é perigosa, o risco de obesidade é algo que também assusta. Alarmante, não?
O QUE FAZER?
Você não precisa deixar seu filho com vontade daquela bolacha que ele viu o coleguinha da creche comer, mas por que não negociar? Um almoço saudável pode ser trocado por uma quantidade moderada de salgadinho no lanche da tarde. Quanto aos refrigerantes, a melhor alternativa é acostumá-lo desde cedo com os sucos, e restringir a bebida gasosa aos finais de semana. E se o seu filho tem menos de seis meses, não caia no erro de que o leite materno não é suficiente, porque ele é e muito.
E, depois disso, siga as orientações do pediatra quanto a melhor forma de complementar a alimentação do seu bebê de forma saudável e adequada à idade.
Revista Pais & Filhos.
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